Saiba como é feito diagnóstico da doença, que registrou 1,4 milhão de casos em 2022
Como esperado para esta época do ano, as chuvas se intensificaram em grande parte do país. Ao mesmo tempo em que contribuem para amenizar as altas temperaturas do verão e para encher os reservatórios de água, também favorecem a proliferação do mosquito causador da dengue, que deposita ovos em recipientes com água parada. Além da dengue, o inseto também é responsável pela transmissão de zika e chikungunya.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil encerrou o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue confirmadas, além de mais de 1,4 milhão de casos registrados. É o maior número de mortes nos últimos seis anos.
Medidas simples como manter calhas limpas, caixas d'água bem vedadas, colocar areia nos pratinhos dos vasos das plantas, virar garrafas de cabeça para baixo e descartar lixos, entulhos e pneus em locais adequados, são decisivas para evitar a proliferação do mosquito.
Os sintomas mais clássicos da doença, segundo o infectologista e consultor médico do Sabin, Dr. Marcelo Cordeiro, são febre, dores musculares e articulares, atrás dos olhos, costas e abdômen, além de fadiga, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. “Nos casos mais graves, a doença pode evoluir para a síndrome do choque da dengue, que pode levar o paciente ao óbito”, alerta o médico.
O diagnóstico da doença pode ser feito por meio de diferentes exames, com resultado em até 1 dia útil conforme explica o médico. “No Grupo Sabin temos três tipos de exames: o teste rápido para antígeno dengue (NS1, anticorpos IgG e IgM), com resultado em até 1 dia útil; a detecção e tipagem do vírus da dengue por PCR, com resultado em até sete dias úteis; e o PCR combo, para a detecção de três vírus - dengue, zika e chikungunya - com resultado em dois dias úteis", explica Marcelo Cordeiro.
De acordo com o especialista, dentre os exames disponíveis para detecção da doença, o PCR Combo oferece o diagnóstico mais amplo. “Ao usar a técnica molecular de RT-PCR quantitativo, o teste tem a vantagem de identificar nos primeiros dias da doença, qual dos três vírus acomete o paciente, sem a necessidade de pedir ou fazer reações em separado para cada uma. Ou seja, com uma única picada é possível pesquisar os 3 vírus", destaca.
Vacinação
A vacina que previne a infecção causada pela dengue, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus - DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4 - para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos é recomendada para indivíduos previamente infectados por um dos vírus da dengue. A cobertura completa ocorre após o ciclo de três doses com intervalo de seis meses.
A vacina ainda não está disponível na rede pública, sendo encontrada apenas na rede privada, e tem uma eficácia de 79,6%.
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