De acordo com pesquisa Britânica, primeiros seis anos de vida são cruciais para ajustar rotina de descanso dos bebês e consequentemente o sono dos pais
A universidade de Warwick, no Reino unido, realizou um estudo, publicado em 2019, acompanhando 2541 mulheres e 2118 homens na Alemanha que estavam esperando o nascimento de seus bebês, e foram acompanhados por 6 anos após o evento, tendo que responder quantas horas de sono eles tiveram anualmente, também precisando atribuir uma nota de 1 a 10 para a qualidade do sono.
Foi comprovado na pesquisa que as mães dormem muito mal no primeiro ano de vida do bebê: a cada noite elas dormem menos 40 minutos, comparando com a noite anterior. E a nota atribuída a qualidade do sono chega a 1 para mães de primeira viagem e 1,7 para as que já têm filhos. Esse número tem muita diferença comparado aos pais. Eles dormem menos 13 minutos comparando com a noite anterior. Esses números voltam a normalizar geralmente após os 6 anos de vida da criança. O estudo completo está publicado no Journal Sleep.
Muito se têm feito para tentar diminuir esse tempo de distúrbios do sono, pensando em acelerar esse processo e ajudar mães, pais e, principalmente, bebês a dormirem, foi criado o curso “A Fórmula do Sono para Bebês”, que foi baseado nas técnicas do especialista em sono infantil e pediatra americano Dr. Harvey Karp, autor do livro “O Bebê Mais Feliz: Guia para um Ótimo Sono”. Esses métodos consistem em ajustar o sono dos bebês com treinamento diário de associações do sono, ruído branco, posições para a segurança do bebê e ambiente propício ao sono.
Márcia dos Santos, que é pesquisadora e fundadora do curso afirma que "os ensinamentos do Dr. Harvey aliados à determinação e foco dos pais, vem sendo um alívio para muitas pessoas que antes sofriam com noites mal dormidas. Sei o quanto pode ser desafiador ficar meses sem dormir direito e que essa situação pode ser agravante para diversos males à saúde do corpo e da mente".
Profissionais da área do sono apontam que dormir mal pode causar uma série de danos à saúde. De acordo com uma cartilha educacional, desenvolvida pela Associação Brasileira do Sono, dormir um sono de má qualidade ou não dormir as horas necessárias, pode afetar diretamente o desempenho intelectual de uma pessoa adulta, o controle de peso corporal, a memória, além de contribuir para o desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e depressão.
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