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Redução de estrogênio na menopausa traz risco de osteoporose


De acordo com dados recentes publicados pela SMS de São Paulo, em 2022 houve um aumento de 35% no número de notificações de quedas acidentais envolvendo idosos acima de 60 anos

A menopausa pode ter um impacto significativo na saúde óssea feminina. Durante esse período, a diminuição dos níveis de estrogênio pode levar à perda óssea e aumentar o risco de osteoporose. Para ajudar a prevenir essa condição, as mulheres devem adotar hábitos saudáveis de vida, como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, além da prática regular de atividade física. Inclusive, o aumento das quedas entre idosos pode estar ligado à fragilidade óssea durante a terceira idade.

Segundo a SMS (Secretaria Municipal da Saúde), houve um acréscimo de 35% no número de notificações de quedas acidentais envolvendo pessoas com mais de 60 anos na cidade de São Paulo no último ano. De acordo com dados do Siva (Sistema de Informação para a Vigilância de Acidentes), sob a gestão da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, ocorreram 13.075 comunicações de quedas entre a população idosa em 2022, enquanto em 2021 o número registrado foi de 9.671.

Conforme registros do SIH (Sistema de Informação Hospitalar), a quantidade de internações decorrentes de quedas aumentou praticamente na mesma medida. Os dados apontam que em 2021 foram 3.055 internações - já em 2022 esse número passou para 3.903, um aumento de 27,75%.

Segundo o médico ginecologista, Dr. Rafael Lazarotto, durante a menopausa, a produção de estrogênio e progesterona diminuem, resultando em um desequilíbrio no controle de formação e reabsorção óssea, que poderá levar à perda óssea e aumentar o risco de osteoporose em mulheres. "É importante que essa área seja observada com atenção na menopausa, praticando exercícios regulares e consumindo alimentos ricos em cálcio e vitamina D. É necessário também consultar um médico para avaliações, planejamentos preventivos ou de controle de danos, caso já esteja instalada a doença”, avalia o especialista.

Lazarotto ressalta que a reposição hormonal pode ser útil para cuidar e prevenir a perda óssea relacionada à menopausa, já que o estrogênio ajuda a manter a densidade mineral do osso. No entanto, a terapia de reposição hormonal (TRH) deve ser prescrita pelo médico e avaliada individualmente em cada caso, levando em consideração os riscos e benefícios para a saúde da paciente. "Não se trata apenas de repor o hormônio, mas de suplementar o cálcio, a vitamina D e antirreabsortivos ósseos", disse.

De acordo com o ginecologista, além da reposição hormonal e dos tratamentos específicos para a osteoporose, é importante que as mulheres na menopausa adotem um estilo de vida saudável para manter a saúde óssea. "O ideal é ter um planejamento feito por uma equipe multiprofissional, composta por educador físico e nutricionista. Pois a prática regular de atividades físicas, focando em carga progressiva com finalidade correção da baixa massa muscular, caminhadas, corridas e dança podem ajudar muito nessa fase”, esclarece o médico.

Lazarotto salienta que uma alimentação balanceada, rica em nutrientes como cálcio, vitamina D, vitamina K e magnésio é fundamental para manter a saúde óssea. “Por fim, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool também é importante para prevenir a osteoporose", finaliza.

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