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O ovo pode ajudar a melhorar a memória


Se há algumas décadas o ovo era visto como vilão do cardápio, atualmente ele desponta como um dos alimentos mais completos e destaca-se em estudos pelas vantagens à saúde. O ovo está por trás de impactos positivos na memória, especialmente entre mulheres


Pesquisadores avaliaram dados de um grupo de 890 indivíduos, sendo 357 homens e 533 mulheres. Os hábitos alimentares dos participantes foram esmiuçados e eles passaram por testes cognitivos.


Entre os resultados do trabalho, observou-se um menor declínio na fluência verbal ao longo dos anos entre as mulheres que consumiam ovo. Elas tinham melhor capacidade de nomear categorias de itens, como animais, em comparação com as que não apreciavam o alimento.


A primeira que merece menção é a colina. Trata-se de uma das vitaminas do complexo B. Presente na gema, é essencial para a síntese de um neurotransmissor conhecido como acetilcolina, que, entre outras funções, está envolvido na regulação da aprendizagem e da memória.


Efeitos similares foram observados em outros artigos. Embora os próprios estudiosos enfatizem a necessidade de mais pesquisas para confirmar tais achados, algumas substâncias encontradas no alimento têm sido associadas a efeitos benéficos ao cérebro.


Há ainda a luteína e a zeaxantina, integrantes dos carotenoides, grupo de pigmentos de potente ação antioxidante. Essas substâncias atuam na proteção contra o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro. Seriam, portanto, guardiãs dos neurônios e demais estruturas cerebrais.


O ovo oferece ainda outras preciosidades. Seu conteúdo proteico tem sido dos mais badalados. Ainda que a gema contenha uma pequena parcela, a clara é uma verdadeira “sopa” de aminoácidos, pedacinhos de proteína fabricados pela natureza com a função de proteger o embrião em desenvolvimento dentro do ovo.


Por toda essa riqueza proteica, muita gente extrapola na ingestão. É bastante comum, na prática clínica, encontrar pacientes que consomem ovos em quantidades excessivas na tentativa de aumentar o aporte de proteína na dieta.


Exageros, entretanto, não oferecem benefícios adicionais e podem trazer danos à saúde. O corpo tem um limite de absorção de proteínas por refeição. A quantia deve ser determinada de acordo com o perfil e o estilo de vida de cada um com a ajuda de um profissional.

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